Instruções Práticas para os Médiuns Fascículo 06

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Instruções Práticas para os Médiuns

Fascículo 06

ÍNDICE

Item Assunto Pág.
- Índice 1
- Prefácio do Fascículo V 2
1 Humahan 3
2 O Sol Interior 4
3 O Sistema Coronário 5
4 O Plexo Físico 5
5 O Micro-Plexo 6
6 O Plexo Etérico 7
7 O Sistema Planetário Humano 7
8 O Neutrôm 9

1 Humahan

Humahan (pronuncia-se u-ma-rã) é um velho Monge Tibetano que viveu no Tibet quando Tia Neiva estava sendo preparada para a Missão. Em sua companhia viveram alguns poucos Monges, em sua maioria velhos remanescentes de uma teocracia em fase de extinção.

Sabemos muito pouco de como viveram, a não ser o fato de que ele e seus companheiros tiveram pouco contato com o mundo exterior e estavam fora do alcance dos atuais dominadores chineses desse antigo País.

Os chineses invadiram o Tibet em 1959 e o Dalai Lhama de então refugiou-se na índia onde ainda vive. Os invasores empossaram outro Dalai e implantaram o regime da China atual no País.

Em 1959, quando a Clarividente Neiva já havia fundado a UESB (União Espiritualista Seta Branca) na Serra do Ouro, ela já havia aceito sua Clarividência e se achava preparada para receber os ensinamentos para sua missão.

Certa vez ela queixou-se a Pai Seta Branca de sua ignorância e ele prometeu-lhe um Mestre, tão logo ela estivesse senhora das técnicas do transporte, nas modalidades de nossa Corrente.

Certo dia ela adormeceu, foi transportada para o Tibet e, quando deu conta de si, estava sentada dian­te de um velho Monge de aspecto estranho, olhos pu­xados como dos chineses e uma barbinha rala que des­cia do queixo esmaecido.

No mesmo instante em que se conscientizou do acontecido ela se viu claramente em sua casa na UESB, velada por Mãe Nenêm. Para sua surpresa ele falava em português e lhe explicou a finalidade de sua vinda. Era o Mestre prometido por Pai Seta Branca.

Ela teria que comparecer ás aulas todos os dias e o “Curso” iria durar cerca de cinco anos. Durante esse tempo ela teria que se abster de remédios e, muito provavelmente ela iria adoecer, o que de fato aconteceu.

O “Curso” realmente durou cinco anos. Ao fim desse tempo ela estava tuberculosa e acabou sendo le­vada em estado de semi-coma para um sanatório em Belo Horizonte. Lá ela ficou cerca de três meses e saiu com as deficiências respiratórias que a afetaram até seu desencarne.

Mas, ela realmente havia aprendido a “Lição”!

Seu Espírito Espartano havia se ligado às suas ori­gens e ela estava então em condições de transmitir a mensagem do Amanhecer e formar o Doutrinador.

Humahan continuou a envelhecer e a lhe dar as­sistência, sempre esperançoso de sua missão junto à Neiva terminar e ele poder embarcar para sua origem.

Embora Tia Neiva soubesse todo o necessário para ser transmitido aos Mestres, Humarran a assistia na parte prática, manifestando-se no seu aparelho, fazendo filosofias da Doutrina do Amanhecer e até mesmo dando assistência Espiritual à Tia Neiva e aos Mestres que com ela tratavam mais diretamente.

Dizia ele que a vida no Tibet estava cada vez mais difícil para ele e seus companheiros e que invejava a nossa posição de Jaguares, cuja missão tem o dinamismo do contato direto com a Humanidade; ele para “exercer” sua missão teve que aguardar essa oportunidade que só se apresentou no fim de sua vida física e nessas difíceis condições. No seu filosofar essa queixa encer­rava certa censura ao sistema monástico e à clausura.

Tia Neiva ocupou uma das mais difíceis posições na Missão do Amanhecer, uma vez que teve que apresen­tar sua ação no plano dos encarnados e dos desencarnados em plena consciência; Humahan participou mais ou menos nas suas condições, mas com a desvantagem de ter um corpo velho e aprisionado nas montanhas tibetanas.

2 O Sol Interior

Uma das unidades de vida mais completa e mais complexa do Planeta Terra é o Homem. Nessa condição ele é também a condensação máxima das energias universais, das forças do Universo manifestadas na Terra, num ser consciente.

Condensação, que pode também ser chamada concentração, produz magnetismo e, isso significa capacidade de atração ou de repulsão, conforme as energias se colocam ou são colocadas.

Assim, cada Homem, cada Ser Humano é uma potente usina de recepção e de emissão de energias. Receber e emitir é a função mais fundamental do Ho­mem.

Energias em movimento chamam-se forças.

As forças universais na Terra se manifestam, são perceptíveis, em três posições diferentes: anion, cation e neutron: anion é uma energia positivada, cation uma energia negativada e neutron uma energia neutra em movimento entre o anion e o cation. Esse é o princi­pio básico do átomo o qual, naturalmente, é muito mais complicado que esta síntese simplificada. O importan­te para nosso entendimento doutrinário é a sua mecânica, isto é, a maneira como as energias operam, ou então, para maior clareza, como as forças se mani­festam.

Também, para sermos mais explícitos doutrinariamente, devemos saber que esses “impulsos” das energias partem de dois pólos conhecidos: o Sol e a Lua.

Esse fenômeno acontece tanto no infinitamente pequeno (micro-cosmo), como no infinitamente gran­de (macro-cosmo). A palavra “cosmo” é um “abrasileiramento” da palavra grega “kósmos” que quer dizer “Universo”.

Filosoficamente poderemos dizer que os micro­cosmos são as unidades mínimas e os macrocosmos as unidades máximas, relativas e geometricamente dispostas, num sentido do menos infinito para o mais infinito e vice versa.

Com base nesses elementos para a formação da idéia vamos agora ao nosso “Sol Interior”.

No íntimo de cada Ser Humano, situado na re­gião do Plexo Solar, na área do umbigo, existem três esferas, umas girando sobre as outras, que formam o Sistema Coronário ou Centro Coronário. Essas esfe­ras não são físicas, isto é, não são formadas de teci­dos ou de qualquer substância palpável.

Desse Centro Coronário partem sete raios de energia ou sete forças que se distribuem pelo orga­nismo. Cada um desses “raios” termina num ponto do corpo. Nesse ponto o “raio coronário” forma um centro de Emissão e recepção de energias. Esse “cen­tro” se chama “Chacra” e sua função é a recepção e distribuição de energias pelo corpo.

Tanto o Centro Coronário como os Chacras re­pousam no plano físico, sobre o sistema nervoso. Assim, no plano físico nós temos o Plexo Solar e os vários plexos; no Plano Etérico do corpo nós temos o Centro Coronário e os Chacras, o mesmo sistema em dois planos diferentes.

3 O Sistema Coronário

O Sistema Coronário é o Centro Vital do Ser Humano, a estação receptora e emissora das energias. É composto de três esferas que funcionam umas so­bre as outras: uma no plano físico, “plexo físico”, outra no plano psíquico, “micro plexo” e outra no plano etérico, “plexo etérico”. Essas três expressões representam o corpo, a Alma e o Espírito.

Temos assim três planos vibratórios diferentes, três maneiras do “Sopro Divino”, do “Verbo” se mani­festar na Terra.

Cada um desses planos é regido pela sua Lei den­tro de uma relativa autonomia. Na descrição do fun­cionamento de cada um vai se percebendo o relacionamento dos três planos. Esses acabam por formar uma unidade composta de três elementos diferencia­dos, que olhados sob o ponto de vista Iniciático cons­tituem o mistério do “Trino”, “Tríade” ou “Trindade”.

4 O Plexo Físico

O Plexo Físico ou Esfera Coronária Física cons­titui o Centro Vital onde as energias pré-existentes na Terra são assimiladas, transformadas e distribuídas. Falamos aqui de um sistema energético mais sutil e com­plexo do que o sistema de alimentação. Neste o ali­mento é ingerido, digerido e acaba por se transformar em nutrimento. Este é absorvido pelas paredes intes­tinais e entra na corrente sangüínea. O sangue por sua vez recebe alimentação do sistema respiratório e circula controlado pela tônica cardíaca. Essa “tônica” vem da Esfera Coronária Física, através do “Plexo Cardíaco”.

Temos assim dois pontos distintos de suprimento energético: o alimento físico, molecular, que vem da transformação da matéria (pela alimentação do sistema digestivo e do sistema respiratório) e o suprimento energético que vem do Plexo Físico através da corrente nervosa.

Este “alimento” diferencia-se do nutrimento (resultante da ingestão da comida e do ar) pelo fato de possuir energias de outra natureza em fusão, isto é, fundidas com energias da alma e do Espírito. É por isso que ele é chamado de “centro vital”.

Sem esse sistema existe apenas vida vegetativa, simples vida animal, vida “presente”, sem passado e sem futuro. Na Esfera Coronária Física são registra­dos todos os fatos da existência, as heranças genéti­cas, as resultantes Cármicas, as atuações da Alma e as elaborações do Espírito.

Essa é a razão pela qual o coração é chamado de sede do sentimento, uma vez que é através do Plexo Cardíaco e do “Chacra” correspondente que as coisas da vida são comunicadas e sentidas à revelia da cons­ciência sensorial. Voltaremos a falar nisso quando ex­plicarmos a diferença entre as emanações mentais e as emanações “mentais-fluídicas”. Quando falamos, aqui no Vale do Amanhecer, que temos por obrigação de cuidar de nossa vida física, de nosso corpo, não esta­mos, é evidente, falando apenas da vida animal, mas sim de algo mais sutil e mais complexo; estamos fa­lando do “centro vital” cujo equilíbrio não depende apenas de alimento, respiração e exercícios. Ele de­pende da compreensão de nós mesmos, de nossas ori­gens, de nossa programação Cármica, de nossos pensa­mentos e da inteligência que empregarmos em nossa vivência. Cuidar do corpo compreendendo esses fato­res é viver em função do Espírito e da “vida global”, não apenas da “vida da matéria”.

O Plexo Físico (Esfera Coronária Física) é sepa­rado e mantém sua interdependência do Plexo Eté­rico (Macro-Plexo) pela existência, entre os dois, do Micro Plexo que é a sede da alma.

5 O Micro-Plexo

A segunda Esfera Coronária constitui o Micro Plexo que comanda as funções da alma (a “psyquê” dos gregos). Não se pode estabelecer uma escala de importância das partes que constituem o Homem. A Alma não pode existir sem um corpo, seja ele de natu­reza densa (da superfície da Terra) ou de natureza Etérica (dos planos sutis da mesma Terra). Devemos olhar a diferença em termos de funções. A função do Plexo Físico é propiciar a existência no plano Físico da Terra e agir como intermediário entre ela e o Ho­mem.

A função do Micro Plexo é de absorver, assimilar e emitir as energias dos dois planos, o do Espírito e do corpo. Em linguagem Iniciática o Micro Plexo é o “Neutrôm”, cujas funções são similares (mas não iguais) ao Neutron do Átomo. Em termos puramente atômicos são partículas que “caminham” entre o Anion e o Cation, aumentando ou diminuindo a positividade ou a negatividade de cada um desses pólos.

O Neutrôm (neu-trôm, com acento tônico na úl­tima sílaba) atua com base em duas forças, a força “centrípeta” (da periferia para o centro) e “centrífu­ga” (do centro para a periferia). Ele “pulsa” dentro de limites esféricos de um lado o Plexo Físico e de outro o Macro Plexo (um embaixo e outro em cima), se alimenta dos dois e, ao mesmo tempo, os alimenta. O Micro Plexo obedece às leis mais sutis, um plano mais vibrátil do que o Plexo Físico. Ele comanda a percepção e a comunicação do Homem. Enquanto o corpo é limitado no tempo e no espaço, pelas leis da matéria física, a Alma age dentro de limites mais am­plos no tempo e no espaço.

É a alma que vai em busca dos desejos e da satis­fação dos anseios, que emite e recebe as vibrações, que influencia e é influenciada pelas mentes, que alimenta e é alimentada pela inteligência. A mais impor­tante de suas funções é receber os eflúvios do Plano Espiritual e levar a personalidade a agir de acordo com as leis transcendentes. Por causa dessa função ampla e quase ilimitada é que a Alma se confunde com o Espírito.

6 O Plexo Etérico

A Esfera Coronária do Espírito é o instrumento do Espírito para sua ação no Homem. Nossa mente não tem possibilidade de conhecer o Espírito na sua essência. Para se tornar perceptível e cognoscível o Espírito se reveste de energias. Essas energias conden­sadas a um certo ponto dão a ele uma forma, uma aparência. Mesmo assim essa forma ou aparência não é perceptível pelos sentidos físicos. Mesmo dentro dos processos da vidência ou da materialização o que é visto não é o Espírito, mas sim o seu “Exterior”, a maneira como ele se apresenta. Por isso o Espírito na Terra é chamado de “Perispírito”.

A ação do Perispírito se faz sobre a Alma e através dela. A Alma busca as coisas no Perispírito e emite no plano horizontal. Por isso a Alma não cria, apenas transforma o que já está criado. Por esse axioma se deduz que o ato de criar é apenas o ato de perceber através da Alma as coisas que o Espírito traz. A Alma é dimensionada e limitada pelo Neutrôm; o Espírito ultrapassa as barreiras do Neutrôm e busca no ultra-som, na ultra-luz e na ultra-matéria as coisas que o alimentam e alimentam o Homem.

Entretanto é preciso entender com clareza que o Perispírito é o Espírito aprisionado na situação de “encarnado”. Esta posição foi aceita por ele deliberadamente, pelos seus compromissos com a Lei de Causa e Efeito, ou “Carma”. Essa é uma situação de “prova”, de “teste” através da qual ele terá que obter sua evolução. Sendo assim, embora recebendo o ali­mento do seu próprio “plano evolutivo”, isto é, o grau evolutivo conquistado por ele até o presente, ele será influenciado pela sua Alma e seu corpo. A maneira como ele irá receber as decisões de sua Alma é que irão determinar o bom ou mau aproveitamento da situação de encarnado.

As provas foram escolhidas por ele e a aprovação ou reprovação, quando essas provas se efetivam, de­pendem dele. Nisso reside a verdade do “Livre Arbítrio” cuja vigência começou desde que o Espírito se ma­triculou na Escola Planetária. Se por um lado é difí­cil saber como esse percurso começou, por outro é relativamente fácil de se entender o porquê dos “Es­píritos a caminho”.

Na Terra o Espírito terá que percorrer sua es­trada com seus veículos físicos ou Etéricos. Mesmo depois de desencarnado ele está sujeito às leis desses planos. Quando o percurso terminar isso significa que ele estará “Santificado”, isto é, ele será então um “Espírito de Luz”.

7 O Sistema Planetário Humano

As Esferas Coronárias trabalham, umas sobre as outras, governadas pelo Eixo Solar de nossa natureza.

Chama-se “Sistema Planetário Humano”, pela seme­lhança que apresenta com o Sistema Solar, em que os corpos celestes gravitam em torno do Sol. O Eixo Solar do Ser Humano é uma espiral de energias que atua de forma perpendicular sobre a cabe­ça do Homem. Temos assim caracterizado cada Ser Humano como um “Sistema” particularizado e individual, governado por algo específico de si mesmo – seu Ei­xo Solar. Esse assunto será melhor explicado quando falarmos, nos capítulos seguintes, das “origens”.

Assim como o Sistema Planetário do qual faz parte a Terra, chamado Sistema Solar, está em per­pétuo movimento – estável mas não estático – assim também o Sistema Planetário Humano se move con­tinuamente no âmbito de sua Orbe Terrestre.

O Ser Humano, encarnado ou desencarnado, es­tá sempre sofrendo alterações em suas esferas coroná­rias, uma vez que o Espírito nunca pára sua evolução. Ele (o Espírito) está sempre modificando e reno­vando seus instrumentos e os altera para combiná-los, conforme os mundos e suas diferentes matérias. Ele não cria essas matérias mas apenas utiliza o que já está criado.

Nós nos aprimoramos ou nos degradamos de acordo com a sintonia mental em que nos colocamos, pois somos preparados nos Planos Espirituais. Con­forme o tipo de sintonia nós estabelecemos o tipo de ação, construtiva ou destrutiva, sempre ligados às nossas heranças, nossas raízes. Há Espíritos que vêm como instrumentos construtivos, outros destrutivos, conforme as linhas Cármicas e as sintonias específicas que eles produzem.

Os “mundos” de onde saímos para a Terra nos dão sua orientação e nos preparam para a tarefa na Terra, sempre no sentido da evolução. Onde quer que estejamos sentimos em Deus esta sintonia universal.

A matéria de que os Espíritos se utilizam não organiza, ela é organizada. Sua função deriva de uma modalidade de energia esparsa que é atraída conforme a função, e por isso também . Por isso os nossos elementos no plano físi­co chegam a ultrapassar as barreiras do Neutrôm, con­forme a função e conforme a formação de nosso Sistema Plane­tário.

As junções ou injunções de energias que se fun­dem no Plexo Físico é que alimentam o Neutrôm. Es­te (o Neutrôm) forma uma nebulosa (uma espécie de nuvem com limites), controlada pela força da gra­vidade que o pressiona em toda sua periferia fazen­do sua substância se dirigir para o centro da esfera.

Isso provoca um movimento circular que vai paulatinamente modificando sua forma. Esse movi­mento toma um sentido mais ou menos espiralado, que acompanha o movimento circular giratório deno­minado “Proteção de Deus”. A lei de ação e reação provoca o movimento contrário tornando a “Proteção de Deus” centrípeta e centrifuga ao mesmo tempo. O Neutrôm pulsa se contraindo e descontraindo como se fosse um coração esfereoidal.

A Força Centrípeta reúne as energias e fluidos ectoplasmáticos no Centro Coronário. A Força Centrí­fuga afasta e emite numa faixa horizontal, as energias conforme o comando de nosso Eixo Solar.

8 O Neutrôm

Até este item temos falado Sol Interior procu­rando dar uma idéia generalizada de sua estrutura e de seu mecanismo. Omitimos até agora detalhes, que só poderão ser entendidos se forem descritos, no seu relacionamento com outros aspectos do Homem e do Universo. Isso será feito na medida em que formos desenvolvendo os outros itens desta Doutrina Iniciática.

Cremos que facilitará o entendimento de nos­sos Mestres saber que o organismo físico, o corpo hu­mano, é em tudo uma reprodução do Corpo Etérico, também chamado Corpo Fluídico. Por esse motivo às vezes a mesma linguagem é empregada para designar aspectos de um ou de outro corpo. Por exemplo, a gente usa a palavra “Plexo” no lugar de “Chacra”. Isso porque ambos se situam mais ou menos no mesmo lu­gar do corpo, com a diferença que o “Chacra” se si­tua embaixo da pele enquanto que o “Plexo” fica no interior do corpo, parte integrante que é do Sis­tema Nervoso.

Antes porém de prosseguir, vamos descrever me­lhor a idéia do que seja o “Neutrôm”, uma vez que essa será a palavra que mais o Mestre ouvirá (e tam­bém que usará) no seu aprendizado Iniciático. Para começar com respeito à Ciência, vamos descrever o Neutron como uma das partículas do átomo.

O átomo é composto por um núcleo central (massa) que é rodeado por uma nuvem de partículas sem carga elétrica. Essas partículas se chamam “Neu­tron”. Além disso ele possui outras partículas, os “elétrons” que, negativamente carregadas se chamam “ânions” e positivamente carregadas se chamam “ca­tions”; a partícula que as carrega chama-se ion.

Naturalmente essa é uma descrição de leigo para lei­go, sem maiores detalhamentos.

Feito isso, voltemos à descrição do nosso “Neu­trôm” Iniciático.

Como no átomo da Física ele representa uma nuvem, um turbilhão de partículas em movimento, do centro para a periferia e da periferia para o centro (movimento, centrífugo e centrípeto). A periferia em que ele se move não é uma superfície física, isto é, ele não está rodeado de substância ou tecido algum; o que estabelece a periferia onde o Neutrôm se move é uma força gravitacional que o pressiona, o “empurra” de todos os pontos dessa periferia. Esse fato é que es­tabelece a diferença entre o Neutron da Física e o Neutrôm Iniciático O mesmo nome com diferença apenas na acentuação da última sílaba se deve ao fato de que o princípio é o mesmo: o átomo é o símbolo do Universo, na afirmativa de que o “micro-cosmo” é igual ao “macro-cosmo” na sua estrutura e funcio­namento.

Um átomo é bem menor que este ponto. Entre­tanto a distância relativa, o espaço entre as partí­culas é tão grande como a distância entre os planetas e estrelas. Sempre porém há um limite, uma circuns­crição: no átomo físico seu limite é microscópico; no átomo Iniciático o limite é de acordo com a unidade que está sendo descrita.

No caso do Ser Humano o li­mite, a barreira é a força da gravidade, pressionando da periferia para o centro, que é resultante do sistema planetário humano: do Eixo Solar para o Macro Plexo e deste para o Plexo Físico – sendo que o Neu­trôm irá constituir o Micro Plexo.

Também como no átomo físico, a função do Neutrôm é separar, limitar dois mundos diferentes: o Físico e o Espiritual. Num estado em que se poderia considerar de “normal”, esse turbilhão em perpétuo movimento, está sempre contido na barreira gravitacional; se essa barreira é rompida, se o Neutrôm pe­netra num ou outro mundo (Físico ou Perispiritual) provoca uma “explosão”, um estado de relativa anor­malidade.

Isso acontece na Física, através da mani­pulação deliberada da intimidade do átomo e aconte­ce também no Ser Humano pela manipulação Iniciá­tica.

Naturalmente deve acontecer também aos corpos celestes pela manipulação dos deuses, dos Mestres Pla­netários que nós do Vale do Amanhecer chamamos de “Ministros”.

Dentre os “instrumentos dos Espíritos” o Neu­trôm constitui uma das principais “ferramentas”. Vamos descrever em seguida, com base nos ensina­mentos de Tia Neiva, que os recebeu de Humahan, como age o Neutrôm.

O Neutrôm, ou melhor, o “turbilhão neutrôni­co” que constitui o nosso Micro Plexo, nossa Alma, produz e permite a existência de certa quantidade de Luz.

Essa luz clareia, ilumina o caminho para nossa mente, de forma a permitir as nossas decisões. Para que nossas atitudes possam ser coerentes com nossa presente posição, na trajetória que fazemos na Terra, o Neutrôm estabelece um limite de percepção.

Isso significa que só temos à nossa disposição urna visão limitada, mas inteiramente suficiente, para tudo que precisamos na presente existência.

Se assim não fosse nós seriamos destruídos pela excessiva complexidade do que na verdade nos cerca. Pois seríamos incapazes de discernir umas coisas das outras. O equilíbrio da mente é proporcionado pelos elementos mais ou menos estáveis que nos são permi­tidos perceber; temos uma noção de tempo, de espa­ço, de distância e de movimento; podemos prever mais ou menos o comportamento das pessoas e coisas animadas ou inanimadas; conhecemos relativamen­te bem o comportamento de nosso organismo, e assim por diante. Em resumo, tudo que precisamos para “viver” está à disposição de nossa mente e seus instru­mentos que são os sentidos.

Se porém o Neutrôm é ultrapassado nas suas bar­reiras, percebemos e registramos elementos que nos levam ao descontrole e ao desequilíbrio, a um estado de anormalidade. Por exemplo: nós vivemos rodeados de Espíritos desencarnados, de formações ectoplasmá­ticas e miríades de construções energéticas. Esses “mundos invisíveis” existem, se movimentam, atuam e têm as suas leis. Porém entre esses mundos e a nos­sa percepção existe a barreira do Neutrôm. Para melhor elucidação do que estamos afirman­do vamos transcrever aqui um Conjunto Mântrico que nossos Mestres usam ao qual chamamos “Prece do Equilíbrio”:

“Senhor!, faze com que habite em mim a verdadeira tranqüilidade da minha alma;

Não deixe que ela se manche com os vícios do mundo;

Dai-me for­ças Senhor, para que eu mesmo possa corrigir os meus erros;

Não permita que eu seja joguete das ilu­sões do mundo;

Pelo pensamento neste instante vou controlar a minha força vital-mental e nenhum pensa­mento negativo poderá entrar em minha men

Analisando esse “Mantra” poderemos compreender melhor a função do Neutrôm. Vejamos:

“… a verda­deira tranqüilidade da minha alma…” – isso signifi­ca que pedimos a Deus que nossa “função neutrôni­ca” esteja e permaneça no seu nível normal;

“… não deixe que ela se manche com os vícios do mundo…” – Nesse caso estamos pedindo que a Força Divina evite que as formas densas das baixas vibrações “man­chem” a luz do Neutrôm;

“… dai-me forças Senhor, para que eu mesmo possa corrigir os meus erros…” – nesse caso estamos pedindo auxílio do Alto para que possamos imprimir a direção certa aos nossos pensamentos e corrigir suas distorções;

“…pelo pensa­mento, neste instante, vou controlar a minha força vital-mental, e nenhum pensamento negativo poderá penetrar em minha mente…” – este último propósito faz com que controlemos, pela nossa vontade, a força vital que emana do plexo físico, e essa energia impregne nossa mente.

Assim vitalizada, a mente se torna impermeável às emanações de baixo teor vi­bratório. Os pensamentos negativos não podem assim penetrar no nosso “campo mental” e assim consegui­mos o equilíbrio.

Frisamos bem a palavra “penetrar” para que nossos Mestres entendam bem o problema:

”Pensamen­tos” são construções energizadas, eles têm “formas”, e uma vez formados eles “existem” e podem ser percebidos pelo som, pela palavra escrita, etc.

Nós não podemos eliminar sua existência. Mas nós podemos evitar que eles penetrem em nossa mente, mesmo que eles atinjam os nossos sentidos. A gente pode ouvi-los, senti-los, percebê-los, mas não precisamos neces­sariamente mentalizá-los ou pensá-los, desde que tenhamos, para isso a necessária força vital-mental.

O ônus de nosso livre arbítrio é essa constante luta, essa escolha que temos que fazer a cada se­gundo de nossas vidas: o teor vibratório das coisas que abrigamos em nossas mentes. Esse teor determina o que somos ou melhor, o que “estamos sendo” a cada momento.

Cremos que com o que foi dito até agora, nós temos os elementos para compreender o que é, em li­nhas gerais o nosso “Sol Interior”, nossas “Esferas Coronárias” e, principalmente, a função do “Neu­trôm”. Isso é apenas um começo, pois nos resta saber muita coisa ainda.

Para maior facilidade no entendi­mento, vamos, no fascículo seguinte, analisar se­paradamente as funções mais íntimas do “Micro Ple­xo” e do “Perispírito”, embora seja difícil falar de um deles sem falar nos outros, pois todos funcionam ao mesmo tempo na “unidade trina” que é o Homem.

0 comentários:

Postar um comentário