Instruções Práticas para os Médiuns Fascículo 02

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Instruções Práticas para os Médiuns

Fascículo 02

ÍNDICE
Item Assunto Pág
- Índice 1
- Prefácio do Fascículo II – Para os Médiuns 2
1 O fenômeno da incorporação 3

2

Incorporação de sofredores 3

3

Como participar da Mesa Evangélica 4

4

Consciência e semiconsciência 4

5

Como participar dos Tronos 5

6

Como participar da Cura 5

7

Como participar da Junção 5

8

Como participar da Indução 6

9

Quando se considerar desenvolvido 6

10

Quando Iniciar 6

11

O fenômeno do Doutrinador 6

12

A missão do Doutrinador 8

13

A atitude básica do Doutrinador 9

14

Desenvolvimento do Doutrinador 10

15

As técnicas do Doutrinador 10

16

A Doutrina do Amanhecer 10

17

A idéia de Deus 10

18

A idéia de Cristo 11

19

A Escola do Caminho 12

20

O Vale do Amanhecer 13

21

Como funciona a Doutrina do Amanhecer 13

1 O fenômeno da incorporação

Desde o primeiro momento de seu teste, você sentiu a influência de seu Mentor na região do estô­mago. Ao mesmo tempo você perdeu um pouco a consciência e sentiu como se ele tomasse conta do seu corpo. Você ouviu sua voz “dentro de sua ca­beça” e começou a emitir sons. Isso aconteceu du­rante a verificação no seu primeiro domingo. O fe­nômeno foi mais ou menos o mesmo com os outros Aspirantes. Com este e outros sintomas, os Mestres responsáveis por esse trabalho se certificaram que você é Apará. Agora você está no seu segundo do­mingo e vai começar a incorporar.

Você foi indicado a um Instrutor e se junta ao seu grupo. Antes, porém, você ouviu a explanação do Adjunto ANORO ou do Coordenador do Desenvolvimento, e começou a se mediunizar. Terminada a explanação, você se senta junto com os outros Aspirantes e o Instrutor, de­pois de uma breve explicação, faz o “Convite ao Mentor”, isto é, ele “magnetiza” cada um dos Aspirantes, manda que fechem os olhos e pensem no Men­tor como cada um o imagina.

Nesse ponto o fenômeno do seu primeiro dia se repete com mais nitidez. Desde então, podem acontecer algumas alternativas, cada uma delas de acordo com sua personalidade, sua idade, seus preconceitos religiosos, seu estado de saúde, etc. Quaisquer que sejam suas manifestações, o Instrutor está em condi­ções de guiar sua incorporação.

É importante que você não se preocupe muito com os detalhes técnicos e ofereça certa passivi­dade. Deixe que o Instrutor se incumba do seu pro­blema. Também não se preocupe se sua manifesta­ção não for muito nítida. Cada Médium tem seu tempo próprio e alguns levam algum tempo até incorpo­rarem completamente. Também não adianta explicar mais coisas a respeito agora. Só a prática o fará en­tender, compreender e finalmente assimilar.

Você irá repetindo a incorporação do seu Mentor até ter pleno controle sobre o fenômeno. Depois disso você começa a incorporar outras entidades: são os seus “Mentores”, ou seja, espíritos do Plano Su­perior que irão exercer sua missão por seu intermé­dio. Eles se apresentam em três roupagens: Pretos Velhos, Caboclos e Médicos. Mais adiante você en­contrará explicações detalhadas sobre essas Entidades.

2 Incorporação de Sofredores

Nos seus primeiros estágios de desenvolvi­mento, os sofredores que porventura o acompanha­vam são absorvidos pelos outros Médiuns com o auxílio do seu Mentor. Agora, porém, você já está em condições de dar passagem a eles. O desenvolvi­mento agora exige um pouco mais do seu tempo. Em vez de ir para casa, ao fim do primeiro Intercâmbio de Desenvolvimento do domingo, você deverá retornar ao Templo depois do almoço. Aí, então, você se senta em um Trono, junto com um Doutrinador e, ainda sob a orientação do seu Instrutor, você irá dar passagem aos sofredores – Nesse caso, a incorporação é um pouco diferente da do Mentor e só com a experiência você irá saber qual a diferença. O que é importante que você saiba é que essa incorporação é tão importante quanto a do Mentor.

Isso porque o sofredor absorve seus fluidos mais pesados e com isso seu organismo físico e seu psiquismo se equilibram. Na verdade, Médium de incorporação nenhum sobrevive se não incorporar sofredores, pelo menos de vez em quando.

3 Como participar da Mesa de Doutrina

Você agora já domina sua incorporação e sabe quando está com um Mentor ou com um sofredor. Também já começou a se habituar com a presença do Doutrinador e aprendeu a confiar nele. Agora você já pode participar da Incorporação coletiva na Mesa Evangélica. Até então o controle de sua incorporação ficava mais por conta do Instrutor ou do Doutrinador.

Na Mesa de Doutrina, o controle é mais seu, você está mais entregue a si mesmo. O fato de você poder participar de uma Mesa significa que você já está em condições de entender certas coisas ineren­tes a sua Mediunidade de Apará. Procure então compreender e assimilar o seguinte:

4 Consciência e semiconsciência

Todo Médium de incorporação é consciente ou semiconsciente. É muito raro, quase não existe o Médium inconsciente. No Templo do Amanhecer, nós só conhecemos o caso de Tia Neiva, que é incons­ciente por causa da sua Clarividência, e de uns pou­cos Médiuns veteranos, que apresentam curtos pe­ríodos de incorporações inconscientes.

Se você absorveu isso que dissemos acima, você irá evitar os trechos perigosos no caminho da Mediunidade. Sabedor disso, você tem consciência que é responsável pelos seus atos mediúnicos e que seu corpo lhe pertence.

Nenhum espírito, seja sofredor ou de luz tem o direito de usar o seu corpo, a não ser que você o per­mita. E, por isso, para garantir a idoneidade do seu trabalho, para lhe fazer sentir a responsabilidade que ele envolve, é que existe o mecanismo de percepção do que acontece durante o fenômeno da incorporação.

Sabemos que isso irá lhe preocupar muito, e por isso queremos lhe garantir que a coisa é mais sim­ples do que parece. Com o tempo e a experiência você irá adquirindo uma espécie de discrição que muito se assemelhará à inconsciência. É mais ou menos como numa sala de espera de dentista. A sala é pequena e várias pessoas conversam. A gente houve, mas não escuta, entendeu?

Existe uma certa diferença entre as manifestações dos espíritos sofredores e as nossas. Você deverá entender quando está dando sinais do seu estado de espírito ou do estado do espírito que está incorporado.

Se você entender essa sutil diferença você es­tará em condições de soltar mais ectoplasma, sem fazer ruídos ou gestos.

5 Como participar dos Tronos

Agora que você se sente seguro, incorporando sofredores na Mesa Evangélica, recebendo seu Mentor e seus Guias, você vai aprender a trabalhar nos Tronos.

O problema que se apresenta agora é de você receber seu Preto Velho ou seu Caboclo, deixar que ele puxe um sofredor e tornar a receber o Mentor. Quando você estiver bem treinado nessas incorpora­ções alternadas, você entrará no terreno das comuni­cações.

Esse é o momento solene quando o seu Guia Principal se identifica, isto é, ele dá o nome que irá usar na sua missão por seu intermédio. A partir desse ponto, seu desenvolvimento se resumirá na prática e assiduidade. Quando você se sentir seguro, peça a autorização ao Coordenador do Desenvolvimento para trabalhar nos Tronos, e você será um Médium pronto para ser “empla­cado” – Eis algumas coisas que você agora deverá saber para seu próprio sossego:

O Apará nunca deve incorporar sozinho. O ideal é ter um Doutrinador “próprio”, isto é, um marido, um irmão, um vizinho. Se ele não existir, o Apará devera ter cuidados redobrados com sua Mediunidade.

Ele deve aprender a assimilar a mensagem do Guia. Ele “ouve” a palavra “dentro” da sua cabeça e transmite sem interferir. Nesse sentido, ele fica “atento” ao que está se passando. Se porventura um Sofredor entrar no circuito, o Apará se recusará a transmitir a mensagem.

Você deve sempre fazer um voto em ser um aparelho de transmissão do Guia e não do seu sub­consciente. Haverá muitas ocasiões em que o Apará gostaria de dizer uma coisa ou duas para o Paciente ou para o Doutrinador. Mas não o fará porque prometeu “ser instrumento da paz de Jesus” e por isso deixa o assunto por conta do Preto Velho.

6 Como participar do Trabalho de Cura

A incorporação na Cura difere dos Tro­nos apenas na forma.

O Guia que incorpora é o “médico”, isto é, um guia especializado na Cura Espiritual. Nesse caso a conversa é quase nula e o problema é mais de libe­ração de ectoplasma e controle da posição de incor­poração. A única coisa que o Apará tem que se precaver, quando trabalha na Sala de Cura é com suas próprias superstições. O “médico” não receita, não faz diagnóstico, e não toca no corpo do paciente.

Como o Apará ouve tudo que se passa ele pre­cisa estar sempre prevenido para não recomendar “aquele santo remédio que sua avó usava”, ou que­rer apalpar a barriga do paciente.

7 Como participar da Junção

A função do Apará no trabalho de Junção é bem mais simples que os outros trabalhos. Ele recebe o seu Médico e apenas fica controlando o ecto­plasma para que não se misture. A Junção é a Cura Iniciática feita com fluido de Doutrinadores.

8 Como participar da Indução

O trabalho de Indução é apenas de absorção de cargas negativas e não de espíritos.

O Apará na In­dução deve apenas segurar com firmeza a mão do Doutrinador e deixar que as cargas passem através dele. Você deve se lembrar que cargas não falam e não gritam.

9 Quando se considerar desenvolvido

Até agora nós explicamos alguns detalhes essen­ciais da Mediunidade de incorporação e é lógico que não dissemos tudo. Isso não nos preocupa muito porque você estará sempre acompanhado no seu tra­balho por um Doutrinador. A ele teremos que ser mais explícitos. Mas pelo menos o essencial você agora sabe. Nesta altura o seu cartão já está com as cinco assinaturas, incluindo a da Aula sobra a Linha de Passes. Não explicamos detalhes dos passes por­que é a Mediunidade “instintiva” do Médium Apará. Você agora pode se considerar um Médium apto para o atendimento aos pacientes, claro, depois de passar pelo Coordenador do Desenvolvimento e pelo Adjunto do Templo, e saber o nome do seu Guia Prin­cipal – Antes, porém de procurar ser emplacado, faça um exame de consciência e veja se:

– Incorpora um sofredor sem fazer muito alarde, sem palavras inconvenientes e sem cair ou ficar em posições desagradáveis;

– Incorpora e sabe destinguir seu Preto Velho, seu Caboclo e seu Médico.

– Assimila uma mensagem e a transmite sem sua interferência pessoal;

– É suficientemente humilde para trabalhar sem­pre que for chamado, sem escolher muito o lugar, o companheiro ou a hora. Isso, bem entendido, no Templo.

– Mediuniza-se tão bem que não sente as horas passarem, não sentindo frio ou calor, a ponto de desincorporar e dizer que não está cansado.

Se você se acha nessas condições apresente seu cartão preenchido ao Coordenador do Desenvolvimento, adquira a sua placa e apresente-se ao Coordenador na primeira oportunidade. Depois disso você já pode se considerar um Médium apto para o trabalho, um Médium desenvolvido; embora esse termo seja muito elástico. O Médium nunca para de se desenvolver…

10 Quando se iniciar

Depois de “emplacado” o Médium já está apto para a Iniciação no Mundo Encantado dos Himalaias. Mas você só deve procurar se iniciar se já conse­guiu estabelecer um relacionamento seguro com o Templo. Você pode estar bem desenvolvido, mas não se dispor a comparecer aos Trabalhos. Se você não tiver motivo suficientemente forte para não ser freqüente nos Trabalhos do Templo, procure resolver isso an­tes de Iniciar.

11 O Fenômeno do Doutrinador

O corpo e a alma humana funcionam mediante um emaranhado de “fios” chamado “sistema nervoso”, algo parecido com o sistema elétrico de um au­tomóvel. Tanto no carro como no corpo humano o “sistema” se divide em duas partes: uma automática e outra que depende da vontade.

A gente liga o carro e a bateria fornece a energia que vai até o dínamo. Daí ela segue à bobina, da bobina ela vai para o distribuidor e etc. Tudo isso é automático e a gente nem se lembra que está fun­cionando a não ser que dê algum defeito.

Já o farol, a buzina, o limpador de pára-brisas, o rádio e outros apetrechos do carro só ligam se você quiser. Escurece e os faróis permanecem apagados, a menos que você os ligue – depende de sua von­tade. Em última análise, é você quem dirige tudo, você é o motorista do carro. Mas depois que você li­gou e deu a partida, o sistema automático funciona sem que você tenha conhecimento dos detalhes. Se você aperta mais o acelerador a bobina fornece mais energia e assim por diante.

O mesmo acontece com o nosso sistema ner­voso. Seu estômago, seus rins, parte dos seus mús­culos e um bocado de outras coisas funcionam sem que você sequer se lembre. Por exemplo, o seu co­ração bate o tempo todo sem que você precise em­purrar e assim funciona o resto.

Mas, se você quiser falar, usar suas mãos seus olhos ou pensar num assunto determinado, você de­pende de sua vontade relativa, entendeu?

Parte do seu “funcionamento” é automático e parte depende de querer ou não “funcionar”, isto é, da sua vontade. Pois bem, esse “sistema”, dividido em dois, chama-se “sistema nervoso central” ou “ativo” – que é comandado relativamente pela von­tade – e “sistema nervoso neurovegetativo” ou passivo.

Para nosso uso, em termos de Mediunidade, va­mos guardar na memória apenas essas duas pala­vras: “ativo” e “passivo”. O primeiro comanda a Mediunidade consciente, vigilante, racional. O se­gundo comanda a Mediunidade passiva, orgânica e anímica.

Sintetizando: num tipo de Mediunidade, que fun­ciona com base física no sistema nervoso ativo, a vontade e a consciência predominam No outro tipo, baseado no sistema nervoso passivo, a vontade e a consciência atuam menos. E lógico que esses limi­tes não são absolutos, mas são suficientemente cla­ros para se distinguir uma coisa da outra.

As mediunidades que estão sendo referidas são a do Doutrinador e a do Apará.

A Mediunidade do Apará é conhecida e tão an­tiga quanto a Humanidade. Sempre existiram os Mé­diuns que recebem espíritos, dão comunicações, fazem profecias, entram em transe, ou seja, estados de meia consciência, isto é, saem do estado de normalidade psicofísica.

Porém, a Mediunidade do Doutrinador não exis­tia antes da missão de nossa Clarividente. Ninguém jamais se lembrou, ou foi considerado possível, que pudesse existir um transe mediúnico com base na consciência plena, no sistema nervoso ativo. A figura do Doutrinador foi criada em nossa Corrente, em Brasília, em 1959.

Até então, o conceito habitual é que “Mediunidade” era somente a que se manifestava no fenô­meno do Apará. Com isso criou-se também o hábito de dizer “fulano é Médium” ou “eu não tenho Mediunidade, mas minha mulher tem muita”.

Conclui-se daí que o fenômeno mediúnico até agora não tinha um controle, dependia da sorte ou dos azares dos Aparás. Hoje, com a existência com­provada do Doutrinador, pode-se estabelecer uma base científica do Mediunismo. O Doutrinador tem a capacidade de provocar, controlar e modificar o fenô­meno mediúnico, com isso colocando-o no processo científico.

12 A missão do Doutrinador

Você está lembrado que no item sobre a “Mediunização” nós falamos da diferença entre “alma” e “espírito”. Você já viu também que no escudo dos Doutrinadores iniciados existe um sinal de % Pois bem, meu caro Aspirante, essa é a caracterís­tica fundamental do Doutrinador; a capacidade de se­parar objetivamente os planos vibracionais, saber dis­tinguir o que é da Terra e o que é do Céu.

Não sabemos porque, mas o cunho característico da Civilização atual é essa confusão entre dois cam­pos vibracionais tão diferentes – o plano transitório da alma e o do espírito transcendente. Uma alma é “fabricada” em cada encarnação da mesma forma que o corpo; o espírito “sempre” existiu, é sempre o mes­mo. Cada um deles, a alma e o espírito, se manifes­tam em nosso campo consciencional de formas total­mente diferentes, impossíveis de serem confundidos.

Para que você não pense que estamos falando de “teorias”, faça agora mesmo a experiência; onde quer que você se ache. Tome como teste o assunto que está presente na sua cabeça neste instante, de preferência a parte desse mesmo assunto que exija alguma decisão sua, uma tomada de posição. Com um pouco de habilidade analítica, você irá verificar que existem, para esse assunto, duas posições bási­cas: uma de interesse seu, que irá satisfazer o seu egocentrismo natural, sua necessidade pessoal, isto é, a satisfação da sua alma, e outra que irá contra­riar esses interesses e irritar o seu “ego”; a proba­bilidade mesmo é que essa outra alternativa bene­ficie alguém, mas esse é o lado do espírito! Deu para entender?

Vamos dar um exemplo: Suponhamos que você esteja lendo este manual sentado num ônibus, no caminho entre o Vale e sua casa. Você está cansado, já é tarde e sua preocupação é pagar, amanhã logo cedo, aquela pres­tação da sua TV, que está atrasada. No momento você pensa como irá fazer para completar o dinheiro da prestação e ainda deixar algum com a mulher para a feira.

Nisto você é despertado por uma comoção na parte de trás do ônibus, uma discussão entre o co­brador e uma passageira. Aparentemente os dois discutem porque a mulher não tem dinheiro para pa­gar a passagem e só percebeu isso depois que entrou no carro.

O cobrador quer que ela desça, mas ela alega ser aquele o ultimo ônibus, ser tarde da noite e garante que tinha o dinheiro na bolsa quando pegou o ônibus. O ônibus pára, alguns passageiros reclamam, outros fazem comentários desagradáveis sobre a reputação da mulher, você chega mesmo a ouvir a palavra “vigarista”. Você também se abor­rece e faz o cálculo de quantas horas você ainda vai conseguir dormir, se o incidente não acabar na dele­gacia. E assim a coisa vai esquentando e você con­tinua com seus cálculos.

De repente algo se faz sentir dentro de você. Você começa a se lembrar da Doutrina que recebeu no Templo, da idéia de tolerância e de paciência. Você se levanta envergonhado e vai até o fundo do ônibus. Sem saber bem como, você consegue encer­rar o incidente e ainda dá algum dinheiro à pobre mulher.

Você atendeu à voz do seu espírito, de uma visão mais ampla da vida, um dimensionamento do seu campo consciencional. Se o exemplo não ilustrou o suficiente, trabalhe com sua imaginação que você irá encontrar, na sua própria experiência, os limites entre as vozes do corpo, da alma e do espírito.

Essa é a base da missão do Doutrinador, a de transformar a sua personalidade num instrumento de ação do espírito, ser um intermediário, um Médium, entre os planos superiores e a Terra.

13 A atitude básica do Doutrinador

É aquela pautada pela Doutrina do Mestre Jesus, sem retoques ou superstições, com base no Evange­lho e no Sistema Crístico. O Evangelho representa a forma escrita dos ensinamentos de Jesus. Como todo documento que foi escrito, copiado, traduzido e recopiado, ele não oferece completa segurança como referência, pois há quase dois mil anos se discutem suas interpretações e autenticidade. Talvez prevendo isso e não querendo deixar toda uma Humanidade en­tregue aos azares dos escribas, Jesus edificou um “sistema” que garante a verdade de seus ensinamen­tos. Esse Sistema está implantado no Planeta e no coração dos Homens.

A Doutrina do Amanhecer existe justamente para mostrar e praticar esses aspectos objetivos do Sistema. Em termos puramente intelectuais ela re­sume o Evangelho em três pontos fundamentais: o amor, a tolerância e a humildade. Em termos espiri­tuais, ela estabelece a ligação entre os campos vibra­cionais do Sistema Crístico e o plano da Terra.

Isso determina com clareza a posição do Doutri­nador: sua função é a de fazer funcionar o Sistema Crístico na Terra, aplicando no quotidiano as Leis Crísticas. Se essas Leis não estão claramente ex­pressas no Evangelho, ou se ele não tem condições de ler, seja por falta de escolaridade ou de tempo, apreende pela sua Mediunidade.

Este é o ponto crítico que irá decidir sua posi­ção no Templo do Amanhecer. Se você se dispuser a ser apenas um medianeiro, um intermediário, de um Sistema vivo, atual e atuante, você irá se tornar sem muitos problemas um Médium Doutrinador. Mas, se você se mantiver apenas no plano da sua personalidade, de seus conceitos próprios, do eu submisso à alma e ao corpo, você será apenas mais um médium.

14 Desenvolvimento do Doutrinador

O Doutrinador não se forma com lições ensina­das como numa escola de catecismo. Ele apreende pelas lições contínuas da própria vida, do dia a dia no Templo, na condução, no seu trabalho e em casa.

Seu programa de desenvolvimento consiste justamente em aplicar o Sistema para cada aconteci­mento. E como ele não está impresso em regras predeterminadas, você terá que decidir, a cada mo­mento, como o Sistema irá funcionar em cada caso. Para que isso aconteça, você terá que aprender a ser receptivo ao plano do espírito. Para se tornar re­ceptivo, isto é, para você saber “receber” você terá que estar sempre pronto para “ouvir” a voz do seu próprio espírito. Para isso não é preciso que você vá ao encontro da Doutrina, deixe que ela venha ao seu encontro; fique apenas atento.

Cada Doutrinador deve estabelecer o seu pró­prio programa, de acordo com seu padrão de vida, sua cultura e sua disponibilidade. É lógico que para o Templo, o melhor Doutrinador é geralmente aquele que está mais tempo à disposição do trabalho. Isso, porém é problema de decisão pessoal sua.

15 As Técnicas do Doutrinador

Sua primeira preocupação deve ser em termos de técnicas. Técnica no caso significa “maneira de fazer as coisas”. Procure logo aprender todos os de­talhes do funcionamento do Templo. Os horários, os uniformes, a maneira de andar, mexer com as mãos, conversar. Aprenda a distinguir os sons e os coman­dos e observe como agem os veteranos. Em pouco tempo você será um Doutrinador, pelo menos na movimentação. Neste manual estão sendo explicados, todos os detalhes possíveis. O que não existe aqui você pode perguntar, indagar e se informar. Princi­palmente aos domingos pela manhã, em que o Templo funciona como uma escola, você pode aprender muita coisa. Faça seu próprio programa, acompanhe as explicações dos Mestres Instrutores.

16 A Doutrina do Amanhecer

A Doutrina do Amanhecer é divulgada e está ao seu alcance de muitas maneiras diferentes. Ela é um guia de comportamento, uma norma de vida, que lhe fornecerá todas as referências que precisa para suas decisões. Ela é simples e resumida ou é complexa e analítica, dependendo da sua própria maneira de ser e viver. Na realidade são apenas os ensinamentos do Mestre Jesus atualizados, coerentes para o Ho­mem moderno, o Ser Humano do Século XX.

Eis a Doutrina do Amanhecer em seus fundamentos.

17 A idéia de Deus

Existe um Deus Criador e que é a origem de tudo. Sua natureza, sua maneira de ser estão fora do nosso alcance mental. É impossível para um espírito encarnado, isto é, para nós, imaginar ou idealizar esse Deus. Qualquer concepção humana estará automati­camente reduzindo-o ao tamanho do nosso mecanis­mo psicológico. Essa redução é incoerente com a própria idéia de Deus.

Isso é o que, em nossos escritos você irá encon­trar batizado de Antropomorfismo (portanto não se assuste muito com essa palavra).

Isso foi um beco sem saída para os filósofos do passado, até que os Israelitas, os Judeus, resolveram o problema de forma magistral: eles proibiram seu povo de usar a palavra “Deus” substituindo-a sempre por um conjunto gramatical: “Deus Pai”, “Deus Criador”, “Deus de Israel”, etc. Os Filósofos que herdaram essa solução inteligente, e os povos que vieram depois da vinda de Jesus, tomaram isso no seu sentido literal e, acabaram construindo suas reli­giões sobre esse recurso de semântica. É por isso que você encontra a toda hora a imagem de “Deus” com barbas compridas e aspecto paternal.

Para complicar mais o assunto, os exegetas do Cristianismo identificaram a figura de Jesus com Deus. Mas não ficaram só nisso e, talvez para tornar esse “deus” mais maleável nas suas construções religiosas, fizeram-no gerar, como um homem que gera um filho, ao seu “filho único” que seria Jesus. E assim foram criando outros “mistérios” que se tor­naram o desespero de toda a Humanidade por todos esses Séculos. E para que tudo isso? Seria para tor­nar a coisa apenas como privilégio de alguns homens especiais? O fato é que inconscientemente nós sofremos com esse problema porque o identificamos com nossas angústias particulares.

Para evitar essa complicação, que não leva a parte alguma, e o que é pior, nos desvia da nossa própria realidade, da nossa vida e dos objetivos para os quais viemos a este Planeta, o Mestre Jesus resolveu tudo com poucas palavras: “Eu sou o caminho da ver­dade e da vida, ninguém vai ao Pai senão por Mim” (João 14:06).

Neste caso, Deus seria a verdade abso­luta; Jesus Cristo o portador da Verdade que leva a Deus. O “Eu”, centraliza no campo consciencional o caminho a ser percorrido por cada Ser Humano, cada qual segundo seu destino.

Vamos agora simplificar mais o problema.

Pela Doutrina do Amanhecer, nós somos segui­dores do Cristo Jesus e Ele nos dá um sistema per­feito através do qual nós “sabemos”, “percebemos” e “sentimos” tudo que precisamos a respeito de Deus, não como algo indefinível, mas como o autor do nosso universo. Com isso não é preciso gastar as preciosas energias de nossa vida, em especular a natureza de Deus. Ela é implícita e tranqüila em nossa vivência Crística e não precisamos cair na pre­tensão fútil de definir o que é indefinível.

18 A idéia de Cristo

Existe Cristo, como existe água: Jesus é um copo dessa água. Cristo significa “o ungido”, “o que recebeu os óleos santos”, ou seja, o que recebeu a consagração para uma Missão, para algo.

Cristo seria então o co-autor, o “co-responsável” pelo Universo mais próximo da nossa capacidade concepcional. “Co-autor” e “co-responsável” são os adjetivos mais aproximados para algo parecido com Deus que seria Cristo.

Jesus personifica, para esses dois mil anos que estão terminando, o Cristo ou apenas “Cristo”. Façamos uma analogia, uma comparação para podermos entender melhor. A gente diz: “no Planeta Terra existe água, e eu tomei um copo de água”. A diferença en­tre a água do Planeta e o copo de água que eu tomei é que a água do copo se tornou uma água específica, com características limitadas pelo copo e outras circunstâncias que a situaram no tempo e no espaço.

Jesus foi o copo, o veículo, mas foi de tal natu­reza que o copo e a água se confundiram em algo único: Jesus Cristo.

A partir dai, esse algo que chamamos “Cristo” se tornou perceptível, verificável, palpável pelo nosso senso comum, nossos sentidos, nossa alma. Em resumo, os indefiníveis Deus e Cristo se tornaram definíveis na figura de Jesus.

Outros Seres como Jesus existiram antes e exis­tirão depois, mas também nesse sentido a nossa ca­pacidade de verificação é limitada. Como iríamos sa­ber quem foram os personificadores de Cristo, antes de Jesus, e como iremos saber quem serão os outros que virão depois?

Temos assim uma panorâmica, um fundo de pano para a Doutrina do Amanhecer: Cremos em Deus, mas não tentamos defini-lo, nem nos preocupamos com isso. Também não nos atrevemos a atribuir quali­dades a Ele e afirmar que Ele gosta disso assim ou de outra forma. Cremos em Cristo como algo, talvez mais definível que Deus, mas também não temos a pretensão de penetrar no íntimo de sua natureza – Cremos em Jesus, o filho de Maria de Nazareth, que incorpora o Cristo, cuja história conhecemos e cuja obra é aceita universalmente.

O Mestre Jesus edificou uma Escola Iniciática chamada “Escola do Caminho”, parte da qual está contida nos chamados “Evangelhos”, escritos por quatro de seus discípulos. É essa Escola que nos forneceu os elementos para definir nossa posição em relação a Deus e ao Cristo.

19 A Escola do Caminho

A Escola do Caminho, ou seja, os ensinamentos de Jesus Cristo, nos dá todas as indicações para vi­vermos plenamente a nossa existência atual. Ela ex­plica detalhes do Sistema Crístico como, por exemplo, o que são as Casas Transitórias do Mundo Etérico, a origem da Humanidade atual, isto é, de onde viemos, para onde vamos e o porquê de nossa existência.

Desde a vinda de Jesus ao Planeta até nossos dias, essa Escola vem atuando e encaminhando a evo­lução dos bilhões de espíritos que nela se matricu­laram encarnando e reencarnando na Terra. Ela é uma Escola de âmbito planetário e sua influência se faz sentir com os aspectos mais variados no tempo e no espaço. Os resultados aparecem em todos os seres humanos e não somente naqueles que se iden­tificam como religiosos.

Este é o grande segredo da Escola do Caminho. Ela não pertence a grupo ne­nhum, não é privativa de apenas alguns seres humanos, mas é de toda a Humanidade em todos os tem­pos. Nesse sentido, toda a Humanidade é cristã, isto é, está incluída no Sistema Crístico do qual a Escola do Caminho é a executora, nestes dois Milênios para esta parcela da humanidade.

20 O Vale do Amanhecer

É uma das escolas da Escola do Caminho, um foco, um ponto de irradiação de seus ensinamentos. Ele foi organizado por um discípulo do Cristo Jesus, um Mestre Planetário que se apresenta sob a roupa­gem de Seta Branca e cujo pólo oposto é conhecido como Mãe Yara. Esses dois espíritos excelsos chefiam uma falange de 3.000 espíritos mais ou menos, que se especializaram dentro do Sistema Crístico e vêm executando missões há mais de 30.000 anos neste Planeta. Como espíritos e senhores do seu livre arbítrio eles têm passado por todas as provas e reveses do Planeta Terra. Alguns se evoluíram e subiram, outros ainda estão a caminho. A sua linha de trabalho tem sido de uma relativa independência e num posicionamento de liderança dos povos, sempre estiveram nas posições de comando dos movi­mentos humanos. Eles, na maioria de suas encarna­ções, ou eram fidalgos ou viviam nas imediações dos nobres, dos guerreiros, dos reis e dos governos. No passado se chamaram Equitumans, Tumuchys e Ja­guares.

No período do Cristo Jesus eles foram tocados pela Lei do Perdão, da Humildade e do Amor. Alguns encarnaram e viveram no tempo de Jesus; outros depois mergulharam nos azares cármicos que seu livre arbítrio lhes permitiu. Próximo ao fim do Pri­meiro Milênio, eles estavam tão embaraçados nas suas tramas que a Lei Crística os recolheu ao Etérico. Eles então passaram por um Sono Cultural de muitos Séculos e foram sendo preparados para a missão do advento do Terceiro Milênio.

No início do Segundo Milênio vamos encontrá-­los, em sua maioria, encarnados como Ciganos da Idade Média. Coerentes com seus hábitos espirituais, esses espíritos reencarnavam sempre em meio aos centros de decisões do Planeta, os reinados, os impérios e os governos. Por fim, chegou o Século XX, o último Século do Período de Cristo Jesus, e a Falange de Seta Branca veio para a última etapa da Escola do Caminho. O espírito escolhido para atuar na Terra, nessa fase foi o da Clarividente Neiva, de­vido ao seu preparo milenar. Ela sempre nas suas várias encarnações demonstrou seus poderes de Pro­fetisa e Clarividente. Ela reencarnou em 1925 e des­de o princípio foi preparada para esta Missão. Mais ou menos no mesmo período reencarnaram outros espíritos da Falange e desde 1957 eles começaram a se reunir em torno de Neiva. Em 1968, ao ter início as atividades neste local, batizado de Vale do Amanhecer, começou também o prenúncio do Terceiro Sétimo da missão. Em 1971, com o início da constru­ção do primeiro Templo circular, a missão começou realmente a se efetivar. Em 1976, quando o primeiro Fascículo como este estava sendo escrito, o Vale do Amanhecer des­pertara para a plenitude da sua missão.

21 Como funciona a Doutrina do Amanhecer

A Falange de Seta Branca está distribuída estra­tegicamente nos vários planos do Sistema Crístico, do mais sutil e mais alta gama vibratória até o físico denso de baixa vibração.

Para que houvesse uma per­feita comunicação entre pontos tão distantes, o plano de trabalho foi feito em torno da Clarividente Neiva. Ela transmite instantaneamente todas as ordens do Chefe Seta Branca, pois se comunica conscientemente com todos esses planos.

Esse fato básico é que caracteriza a Doutrina do Amanhecer e a torna diferente de todas as missões Crísticas do Planeta.

O exército de Seta Branca, o Corpo Mediúnico do Vale do Amanhecer, recebe to­das as ordens e instruções diretamente do Comando e as executa de acordo com os planos de trabalho. Isso explica porque o Ritual e os Templos vão sendo construídos e modificados com tanta rapidez. Entre 1959 e 1976 foram construídos 8 Templos, 6 dos quais já foram demolidos: 1 na Serra do Ouro, 1 em Taguatinga e 6 no Vale do Amanhecer. Atualmente existe o Templo do Amanhecer, o Solar dos Médiuns e a Cabala, sem contar aproximadamente 500 Templos do Amanhecer espalhados por todo o País, na Bolívia e no Japão.

Quanto ao Ritual, até 1972, o Templo só traba­lhava com a Mesa Evangélica e a Linha de Passes. Em 1976, funcionavam os seguintes trabalhos: Mesa Evangélica, Linha de Passes, Tronos, Cura, Junção Indução, Anoday, Anodai e Anodaê. Em 1970, haviam registrados 500 Médiuns. Em 1976 cerca de 13.000. Hoje este número é praticamente incalculável, já somos milhares e milhares em todas as partes do país e do mundo.

E assim, caro Médium Aspirante, paramos aqui o esboço geral da Doutrina do Amanhecer. Se você assimilar o que dela falamos até agora você estará em condições de apreender o que estes Fascículos ainda têm para dizer. Também saberá explicar a qualquer pessoa qual a posição Doutrinaria do Vale do Amanhecer. Você sabe agora como nos colocamos em relação a Deus, ao Cristo, ao Cristo Jesus e à Humanidade.

2 comentários:

Unknown disse...

Encontrei no Vale do Amanhecer a esperança única de fazer minha última caminhada em direção ao meu Criador. Hei de dedicar o que me resta de vida a este trabalho, com todo o meu amor e que minhas lágrimas de satisfação consigam banhar a desesperança dos vierem ao meu socorro.

Anônimo disse...

Gostaria de me interagir com quem público esse comentário...!!!
salenro2009@hotmail.com.br

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